quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Somos todos cães mabecos
mesmo informes e insones
em sopa ou em pó
de taco, de talco ou de talgo
caçamos em grupo
com laços de lagarticha
o que a carroça só verá
na vinda da sina.

Assim predamos, sublimes crisálidas,
as ossadas da carpete curvilínea
com faro de fungos entroviscados
com dentes de ouro 
e facas longas
que matarão
o desgosto do Verão
penetrando em Agosto
o fértil algodão
da pele em rama
com turbantes na cabeça vedada
ao sangue
esqualo de isco procriante
que fere de vida  a areia salgada.

Assim, entre soluços,
a savanaria conhecerá
o evangelho da foussonha
o bambu ao leio ao lé
próximo da morte
a luz e o som do jackpot
vodka me no paxaran
e até ao fim
la patchanga
a saudade porca
galopando a trote.