Até quando
o tempo nos manterá verdes?
Diz-me ao ouvido,
tu que és dourada.
A boca quer sementes,
os pulmões exigem ceifa.
A vista deseja o fruto,
O coração pede gomos.
Dá o teu peito liso
aos seixos da minha seara
para que eles chiem baixinho
junto ao berço das ondas,
junto à campa das palavras.
Dá-o a mim
como uma vindima
de figos
leitosa.
Quero ouvi-lo quase assim
bebido em vinho
bebido em esterco
bebido em prosa.
Esta é a primeira visita. Devem, depois do poema que vi!li!senti!, acontecer outras. Espero passar por aqui para entreter o pensamento, na marmelada dos sentidos! Citando o poeta, «A vista deseja o fruto/ o coração pede gomos».
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